
Se eu retornasse ah dez anos atrás e me encontrasse comigo mesmo, mataria o meu eu do passado, pois ele não suportaria me ver de tal forma como hoje, isso quer dizer
que ah uma decáda eu era o protótipo do jovem
fashion, vestia tudo
o que era moda, recebia catálogos de lojas em casa, não repetia roupa nunca, era praticamente uma versão de Gloria
Kalil classe média, mas com o tempo eu fui me transformando, fiquei mais desleixado, menos rigoroso, tudo mudou, saí do mundo
fashion e entrei na vida
acadêmica, onde cuidar da minha intelectualidade era um
objetivo maior que qualquer outra coisa, então troquei as roupas pelos livros, mas uma etapa vivida e retornei ao estilo "estar na moda a qualquer custo", me tornei um consumista, um viciado em retornar ao meus
estatus de referência em se vestir bem. Avida
incumbindo-se em me mostrar que que a
redudancia as vezes é necessária, mostrou-me a necessidade de outras
coisas que não ser um "garoto etiqueta". De forma alguma eu tento aqui desvalorizar a moda, as
grifes e os consumidores de roupas , mas sim de que no
meu caso, a forma de me vestir sempre teve mais ligações com o que eu queria aparecer do que eu era realmente, e hoje eu procuro ser além de uma
vitrina, claro , até acho que estou precisando de um certo "banho de loja", oh!!! Que contradição seria novamente um retorno do "despacho de
grife", que fui???
Idependente do
que
eu venha vestir hoje ou amanhã espero que poder sempre ter a capacidade de impor minha identidade sobre o que visto e
não ao contrário como aconteceu por anos. E moda também é cultura e história, porém a vida não pode se resumir apenas nisso e vejo ainda adoelscentes e jovens capazes de tudo por um boné, tênis ou camisa de determinada marca, apesar de ser típico da idade não pode-se deixar que essa forma de viver, prossiga como regra vital de muitos, sabemos que tudo que ultrapassa a linha tênue do bom senso é prejudicial. Estar na moda (reformulando a frase) é estar de bem consigo próprio.