sábado, 27 de fevereiro de 2010

Falência Constatada

Passei uma vida construindo sonhos, definindo metas em um tempo cronologicamente perfeito, se não fosse a vida me da uma rasteira e mudar tudo. Seria angústia, depressão e tristeza? Não, e sim uma constatação de " falência" em tudo que passei por anos imaginando e idealizando, como disse Cazuza, "Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder..." E agora o que eu posso fazer mediante a tudo isso o tal jargão recomeçar do zero, já me parece impossível, me sinto condenado pelas minhas escolhas, pelas pessoas que tanto desejei ter em companhia, pelos amores que teimei em viver e dos sonhos que tanto quis realizar, claro que nem tudo foi em vão, muita coisa deu certo, tenho uma realização plena com meu trabalho, porém longe dos meus ideais de adolescente, tenho uma família linda, mas não mais aquela que eu acostumei a ter, não quero caracterizar esse "post" como lamento , e sim como desabafo. Fico as vezes tentando entender como a gente se desvia tanto do que queríamos e traçamos. Por muito anos achei que ter uma cultura ampla e conhecimentos fosse o bastante para ser feliz depois que faltava dinheiro e hoje sei que nada disso garante a felicidade, que " Beijos não são contratos" parafraseando Shekspeare. Enfim me sinto perdido sem norte e acho que não há mais tempo para mudar a rota do navio , pois já está próximo ao destino de chegada mesmo errado, não da mais pra voltar, Ideologia quero uma pra viver!!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Chove Chuva

Daria um milhão de dólares por um delicioso banho de chuva, deixar a água escorrer pelo meu corpo, pular na rua correr e rir, seria lavar a alma após esses dias insuportaveis de calor escaldante que temos vivido. A coisa é séria pessoal, já escrevi outros textos aqui falando do assunto, mas chegamos a via de fatos de sentirmos as conseqüências do aquecimento global, ou seja estamos pagando pra ver de tudo que passamos tempos sem acreditar que viria, estamos aqui em pleno 2010 passando por uma loucura climática, aqui ( entenda-se São Fidélis-RJ) sem praticamente uma gota de chuva no ano que se iniciou até agora, estamos nos tornando escravo da sobrevivência as novas condições e nem percebemos o quanto isso está nos prejudicando em amplos sentidos, até hábitos culturais como beijar e abraçar quando encontra-se com alguém está impraticável, relações sexuais sem ar condicionado, um suicídio , visitar amigos durante o dia impossível, ninguém tem ânimo pra conversar nada num calor de 42º, trabalhar em ambiente sem ar condicionado um martírio.Acho que chegou a hora definitiva de arregaçarmos as mangas e começar rapidamente uma campanha de S.O.S planeta Terra, não estou querendo ser ecologicamente correto e nem bem visto com as questões ambientais, mas nesse instante queria apenas um banho de chuva, que não seja ácida, e poder sair por ai feliz, dizendo que é verão.Outra preocupação como dar ainda sentido a obras como nossa linda canção de Tom Jobim, Aguas de Março, pois pelo visto março não terá chuva também, já "Chove Chuva", de Jorge Benjor , tornou´se apelo, prece desesperada. Eu nesse momento convoco todos cidadãos de bem a irem se juntando nos centros das cidades, sem roupas, e começarem a fazer a dança da chuva, apelando a todos deuses, a São Pedro, por gotas mágicas vindas do céu a nos livrar desse calor infernal.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Deus e Eu



Se fosse enumerar as religiões e ceitas existentes com certeza usaria toda a memória do meu computador. A quantidade de religiões praticadas só comprovam a necessidade do ser humano em buscar algo que possa servi-la como " gerente de produção", isto é, que controla e determina suas ações, mesmo as sapiênciais, buscam limitar as vontades humanas, o que deixa claro o conceito de agente regulador das mesmas. Essa constatação, me remete ao período da minha adolescência, onde fui seminarista católico. Hoje entendo que entre vários outros fatores o que eu desejava no seminário era alguma coisa que pudesse me dizer o que podia ser feito ou não, com conceito divino. Uma experiência unica na minha vida, que mudou definitivamente a forma de "ver o mundo". Por 19 anos vividos "catolicamente corretos", foi na vivência vocacional, que passei a questionar os dogmas, antes nunca contestados por mim, em suma o "tiro saiu pela culatra", ou seja a busca da espiritualidade extrema trouxe a negação das idéias dogmáticas que possuía, meu senso crítico foi aflorado, obviamente essa descoberta me levou a uma grande guerra conceitual no meu interior, pois como negar uma vida inteira embasada na fé? Como olhar no espelho e entender que todas minhas crenças, já não tinham mais coerência com o rompimentos dos meus paradigmas?Talvez nunca transcreverei a real sensação de ter passado algum tempo dentro das paredes da Santa Madre Igreja, preciso dizer que respeito e muito as pessoas que seguem o sacerdócio como todos os praticantes da Fé Católica ou qualquer outro segmento religioso, mas no meu caso a prática profunda da religião resultou em um estágio de laicidade pleno, depois de ir a várias outras igrejas como se eu estivesse ansioso por reencontrar com Deus. Por vezes me defini como ateísta, mas sinceramente, não sou, claro que possuo uma visão sobre o divino diferente da maioria, mas passei a entender que o primeiro mandamento " AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS", significa amar a si próprio, pois o sagrado se faz presente em cada um de nós, e nada pode ser maior que nosso próprio interior. Conceitos individuais não deveriam assustar os outros, mas as vezes ao falar no que acredito, quando o assunto é Deus acabo por chocar, estranho, já que, não sou afetado quando alguém fala das suas crenças com afinco, a fala da descrença também não deveria causar inquietude, o que me leva a entender que as pessoas temem indagar-se sobre seus dogmas, evitam, talvez por medo de perdê-los, entende-se que só se questionando, somos capazes de crer ou não em alguma coisa de verdade. Continuo ainda hoje dialogando com Deus, as vezes ouço a voz dele outras sinto que tanto ele como eu fazemos monólogos intermináveis , então ocorre uma reciprocidade, cada um sabe o momento de intervir na vida do outro, não uso terminologia religiosa com ele e o Todo Poderoso nunca me chamou de qualquer nome, do tipo católico, judeu, muçulmano, espírita, mas já ouvi a palavra meu semelhante, e descobri que o maior mandamento é sem dúvida "Amar ao teu próximo como a ti mesmo."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Amar é...

Quase 24 horas vendo filme de dramas amorosos... E meus dramas vieram à tona, e estou eu aqui nesse momento pensando no tal do AMOR, lembrando de tantas coisas, de tantas emoções de poemas, músicas, ditados populares, histórias de Shakspeare e onde se encontra a minha história? É o que me pergunto mesmo, não consigo me responder satisfatóriamente, mas entendo e sei que existe, pois só quem amou de verdade sabe o que é acreditar num amor censurado, condenado e sem crédito de ninguém, talvez até mesmo pelos próprios protagonistas da história, mas há algo maior que tudo isso, possivelmente seja uma obsessão, que fortalece e esconde a realidade que às vezes ocasiona dor, mas então que seja eu um obcecado, até hoje não teria vivido um amor, mas essa tal coisa por quem ainda permito ser obcecado me proporcionou as maiores alegrias, os melhores momentos, - sim verdade, antes que logo comente, e as lágrimas, escândalos, agressões? ... ai um sorriso e um carinho verdadeiro apagaram e sempre apagam tudo de ruim... nem com todo meu sentimentalismo, consigo também não duvidar da veracidade desse suposto amor, porém creio que existe uma força superior que diz que tudo pode errar na vida, menos o coração, e que as pessoas têm formas plurais de enxergar e demonstrar seu amor e por situações diversas podem mentir pra elas próprias que , isso não é amor , criam desculpas para tudo, mas sabem e dizem em momentos entorpecidos pelo álcool o que sentem e acreditam verdadeiramente.Se tudo que vivi, aliás se tudo que vivemos não foi amor....ora chamem os poetas para uma assembléia, pois terão que reformular suas obras, shakespeare foi um falsário que relatou acontecimentos inexistentes...Olha eu não sei como poderá acabar essa história, se é que um dia acabe...mas não posso permitir que a desqualifiquem ela foi e sempre será um grande amor, que muda suas estruturas, mas que sobrevive sempre,Amar é ...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Fresco Graças a Deus!!!




Nasci em uma cidade pequena do interior, vivi mais da metade da minha vida na zona rural, filho de pessoas simples e com uma estrura econômica mediana, não estou aqui fazendo nenhuma autobiografia, mas hoje passei o dia ouvindo Strauss, Mozzart, bastante Bossa Nova, óperas e ainda li artigos sobre pintores geniais, e comecei a pensar de onde veio isso tudo? Como aprendi a gostar de coisas que não me eram comuns? Acredito que alguém ao começar ler esse texto pode interpretar que é um exibicionismo da minha parte quer aparentar ser culto e requintado, mas longe disso, estou me questionando sobre meus hábitos e manias, que ás vezes me fazem me sentir um extra terrestre no meio de um monte de gente, ontem mesmo fui ao carnaval,por duas horas, com um semblante de "cachorro que caiu da mudança", estava eu ali, tentando me convencer que era legal, beber cerveja em pé, pular ouvindo uma batida e rir de pessoas dançando um tal de "no Rebolation", até que o pânico foi tomando conta de mim e disse que tinha que ir embora, saí, quando cheguei a casa a vontade era de beijar o chão e agradecer aos céus por ter saído ileso de lá. Comentando com um amigo, prometi não me aventurar mais nessas coisas tão populares, nada contra, mas não fazem parte do meu eu, enquanto todos dançavam e riam alto, eu imaginava estar sentado em um barzinho,numa boa roda de amigos ao som de MPB, Blus, Jazz, tomando uma cervejinha, sim, mas numa bela tulipa; no momento que raciocínio dessa forma me volto a questionar, será que eu não seria portador da "metidez de pobre, ou viadagem aguda"? Tem hora que começo acreditar que realmente há reencarnação, algo que me ligue a essas coisas, fecho os olhos e penso nos lustres do Salão de Espelho do Louvre, os abro me deparo com um ventilador de teto, necessito de coisas básicas, que para muitos são frescuragens, mas tipo não consigo tomar café em outro lugar que não seja uma xícara. E com tudo existe péssimos comportamentos tidos como engraçados, que funcionam pra mim como se fosse um estupro da alma, pessoas que passam horas brincando sobre assuntos do patamar de gases intestinais, defecação, refluxos e etc, quando não cometem na frente de alguém...fico abismado, será eu sou anormal, metido mesmo, como muita gente define? Mas cheguei a conclusão que não quero e nem posso mudar meus costumes, sou assim e desconfio ainda que a 5ª Sinfonia de Bethoven é mais "show" que o tal do ruído do "Rebolation" E se realmente isso não passar de frescuragem agradeço por ser fresco, ainda fecharei os olhos e pensarei nos lustres acesos lá na França.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Antigos Espíritos do Mal



Em conversa com alguns colegas de trabalho nessa semana, me lembrei de um texto que li ah um tempo atrás onde se falava da existência de "Vampiros de almas", pessoas que sugam energias de outras, eu realmente acredito nisso, mais conheço uma categoria bem pior, "antigos espíritos do mal", que são totalmente reais, que nos rodeiam, distribuindo pensamentos negativos, sensação de desconforto e tristeza em todos à volta. Com o slogan de sou verdadeiro, doa a quem doer, usam essa falácia, como um dogma contendo o simples intuito de justificar as maldades, frases dissimuladas, ironias, sarcasmos,fofocas, ataques pessoais, sempre feito de forma "a dar um ar" de sou sincero mesmo e daí, normalmente seres assim, parecem ser simpáticos em primeira estância, se comportam como amigos queridos, companheiros para todos momentos...mas bem longe disso. Custamos para notar as reais intenções e permitimos ser vítimas deles,nos deprimem, nos fazem chorar. creio que só há duas formas de neutralizá-los, agindo como a "Boa Samaritana", pra quem tem vocação e acredita em poder mudar as formas de atuação "desses espíritos", coisa que infelizmente eu não acredito ou isolando-os, deixando-os viverem num mundo solitário e mediócre como o pregado por eles...Dessa gente eu tenho medo mesmo!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Não Ignore!





Ao assistir um vídeo, que infelizmente estava travando aqui, mas recomendo que procurem no youtube o seguinte título " Suicídio de adolescente gay de 14 anos" tive em mim um despertar do "não calar a voz" de libertar mesmo que seja aqui, de uma forma sucinta, mas expressar minha inquietação sobre o tema: Diversidade Sexual e a postura das escolas em relação a isso. Vivendo na pele os dois lados da moeda, posso dizer que não é fácil para nenhuma instituição trabalhar o assunto, mas se nos colocarmos na pele de um aluno que sofre a discriminação na escola, realmente entenderíamos o quanto é necessário fazermos a divulgação da tolerância, se toda a esperança de dias melhores está depositada na escola, temos nesse eixo temático mais uma vez a possibilidade de mudarmos essa realidade. Diariamente percebo o sofrimento de alguns alunos em conviver em meio ao preconceito voraz que se multiplica pelos corredores e que os intimidam e quiçá pode levar a fatos como o do vídeo. Minha postura como gestor e da grande maioria, é infelizmente de ter que seguir as regras do sistema e não alarmar, contudo tenho procurado buscar trabalhar a questão mesmo sofrendo mais e mais preconceito e perseguição, já que o meu dever e de todo educador é com o ser humano, o que precede qualquer outro, tento conseguir meios de abolir e lutar contra situações que ocasionam lastimas como a da reportagem, então acredito que nós enquanto educadores, temos de nos organizar e fazer prevalecer o valor humanitário sobre o crédulo religioso ou antigas convenções morais que ainda impedem a escola de atuar como deveria na situação de combate a homofobia. Se a escola é laica, ela não pode ficar estagnada aos deleites da sociedade hipócrita, tem-se que agir, seja de vanguarda , seja de militância, o que não pode continuar é a existência do fingir que tal problema não existe e deixar que nossos jovens sejam execrados, que se tornem adultos traumatizados ou que acabem cometendo suicídio, escola é vida e deve dar ao cidadão do futuro condições para o exercício da cidadania, o gay é cidadão, tem também que reivindicar os direitos, mas as pessoas precisam aprender a tolerar toda e qualquer forma de diferença, e isso é missão involuntária da instituição escolar. Acho que Chico Buarque tem as palavras perfeitas para esse momento, " vem vamos embora, esperar não é saber quem sabe faz a hora acontecer..."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Capitalismo Selvagem


Minha pergunta do dia: Por qual motivo o Socialismo não prevaleceu sobre o Capitalismo?
Cientifcamente essa pergunta teria uma resposta embasada nas teorias econômicas e tal, mas a minha indagação é simples, eu pobre mortal, assalariado de classe média, como aprendo a sobreviver num mundo voraz, onde o poder de compra define quem você realmente pode ser, como aprender controlar as apelações do mercado que me levam ao consumismo exacerbado, hoje chegou mais uma fatura do cartão de crédito, amanhã vence a conta tal e etc, essas frases parecem ter se tornado mantras,pois não paro de pensar e proferi-las continuamente, mas "euzinho" não fui educado para dizer não ao tal capitalismo, se vejo acho que preciso compro...imagino inúmeras formas de me acertar dentro do meu orçamento, que pra mim já é algo metafísico. Como faço pra fugir disso? Pode parecer engraçado mas na verdade trata-se de um grande mal, algo que corrói faz com que as pessoas percam o bom humor, o sono e às vezes até a vida. Alguém ou sistema teria que nos ensinar, nos adaptar a esse tal capitalismo selvagem, que nos remete ao estágio primata, ou o estado Natural Rousseauniano. Ou me arriscaria dizer a um estágio de trevas de tristeza constante na vida. Se alguém souber uma saída para esse meu anseio por favor entre em contato comigo por e-mail, celular , orkut ou sinal de fumaça, porque sinceramente estou a beira de um colapso.