sábado, 30 de janeiro de 2010

Ostracismo Necessário



Por um bom tempo acreditei que meu ostracismo era uma coisa ruim, que era fruto de uma vida depressiva, bem hoje percebi que não, eu realmente necessito de um "mundinho só meu", ficar intocável, sem a visita de ninguém,apesar de amar e gostar de estar na companhia de muitas pessoas, nada me conforta mais que meu quarto, um bom filme, e a internet na medida certa ( status de ocupado ou ausente no MSN). O difícil é fazer com que as pessoas dos meus grupos sociais entendam isso como uma característica e não momento de "Close", ou forma de querer chamar atenção, mas tem dia que me levanto com a vontade de voltar correndo pra cama e ficar com a roupa velhinha, cabelo despenteado , sem o mínimo anseio de ver ou falar com qualquer pessoa que seja. Infelizmente isso pode acontecer no dia do casamento, aniversário ou até mesmo velório de alguém importante pra mim, só que eu não consigo romper a barreira estabelecida por mim mesmo, não consigo fazer o que meu cérebro me manda fazer, mesmo que ele me diga para eu ir, as minhas emoções sempre falam mais alto e prefiro me recolher nos meus "aposentos reais" e não permitir que as exigências sociais transpassem o que é intrínseco do meu ser. Em síntese sou assim mesmo e como sempre digo já atingi uma idade , vivi coisas que me permitem ser como sou sem culpas.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sonhos, inocência perdida...


Ah!!! Fiz uma regressão hoje ao meus antigos sonhos, a minha inocência perdida. Na minha infância, acredito eu que fui capaz de ter uma imaginação além de qualquer criança, já que eu vivia sozinho, isolado em um sítio, a minha unica saída era sonhar... dos seis anos aos dez , meus sonhos baseavam-se no mundo das fantasias, onde eu me sentia um ser especial, com poderes mágicos e acreditem, eu tinha certeza que possuía, a partir dos dez me tornei mais materialista e meu mundo onírico passou ser embasado no desejo do consumo, passei a querer desesperadamente uma casa no alto de uma montanha com uma cachoeira no jardim. Mas aos 18 minha meta já estava voltado para o lado profissional, e até mesmo sacerdotal, já que foi aos 19 anos que me aventurei na vida eclesiástica, após esse período, passei a focar na realização do sonho da minha faculdade de História que concomitantemente, foi nesse intervalo de tempo que passei a sobrepor a tudo e a todos os outros sonhos, o desejo de amar. Ah! E o amor (paixão) me consumiu e se transformou em meu epicentro, detentor máximo de toda minha capacidade de promover a criação de sonhos. E o que descobri que o amor é um sonho as vezes realizados ou outras vezes simplesmente irrealizáveis , depois de tanta coisa vivida, acho que perdi a crença na realização do chamado amor eterno...por mais que avassale minha alma, não consigo crer que exista (em minha vida) a chance de realizar o sonho de um amor para vida toda. Muita saudade dos tempos que sonhar era apenas sonhar e não argumentos questionados pelo meu próprio eu.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Imbecilidade e outras "coisinhas"...

Gente precisava com urgência abrir a cabeça de algumas pessoas, é claro se pudesse eu abriria de todas e inclusive a minha, mas nas últimas semanas alguns amigos e outras denominações pessoais, têm me deixado com esse desejo de forma mais aguçada. Primeiro quero deixar claro que eu não me sinto detentor de nenhuma verdade ou regra moral, mas existe convicções básicas para a vida de qualquer ser humano, deixando isso claro, prossigo afirmando como dói, corrói a minha alma ver pessoas com grande potencial de vida de se destruindo, olha me espanta ver jovens lindos e inteligentes, bombardeando o futuro com coisas tão fúteis como descartaveis - Me repondam uma dúvida: O que nessa existência humana justifica o uso de drogas?, gastar uma fortuna em cocaína, para ter uma hora ( inicialmente) de viagem ilusória, por em risco, a paz consigo próprio, o relacionamento familiar e profissional por uma "merda" que só tem duas chances de progresso a morte ou as seqüelas mentais dentre outras, as vezes se arrependem e prometem nunca mais usar, choram lamentam-se, mas por uma pequena empolgação voltam a cair nesse mundo nojento que é das drogas, por vezes já estive bem perto dessa realidade, mas felizmente o acaso ou força superior, não sei, me impediu de ter mais essa imbecilidade no meu currículo de besteiras. E tem uma outra coisa também me incomodando muito é a prática da permissividade, as pessoas sabem quem estão sendo usadas, que estão sendo atacadas por vampiros de almas, mas continuam deixando se levar pela aparência pelo sexo bom e fácil, pela fragilidade momentânea e esquecem todos seus valores no piscar de olhos. Sei dizer que tudo isso tem me deixado deprimido, dependente agora de chá de erva-doce para dormir e principalmente incrédulo da raça humana. Novamente quero ressaltar que já fiz grandes burradas e ainda cometo outras tantas, mas isso não me torna incapaz de ver a burrice alheia.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

TrÊs È DeMaIs


Bem meu primeiro post de 2010 é uma homenagem que presto a esses dois amigos, não melhores, não piores, mas sim completamente diferentes, entre nós três existe uma química estranha porque talvez sejamos o grupo de amigos que mais briga entre si, porém somos três em um, brigamos "rachamos o trio", mas rapidamente corremos um ao encontro do outro, sabemos as fraquezas que cada um tem, mas reconhecemos as forças e na alegria, na pobreza, na tristeza estamos juntos. Falamos mal ? sim falamos mas só nós, não damos a confiança a terceiros fazerem isso.Juntos criamos façanhas inabordáveis, quiçá proibidas para menores de 18, enfrentamos preconceitos, medos, censuras até a força dos desejos em nome da amizade, nos juntamos em qualquer lugar que seja na calçada da " madereira Rossi" ou uma praça esquecida, uma rua deserta e com o brinde de um copo cheio de cachaça com coca-cola, fazemos uma "rave", uma moto vira um lotação com capacidade para três, mesmo que sejamos perseguidos pela polícia, essa com um jeito delicado de ser nos explicamos e nos entendemos. Enfim tenho alguns amigos amo todos sem predileção, mas junto a David Muller Azelman e Jefferson França Campos Mendes, tenho vivido o sentido da palavra adrenalina diariamente na sua prática mais eficaz.

Texto dedicado a Dim e David.