sábado, 19 de maio de 2012

Meu BEST

       Se uma coisa que tenho que agradecer ao moribundo Orkut é o fato dele ter me dado de presente uma das figuras mais queridas de minha vida, o Ilustre Senhor David Muller Azelman, que passou a ser um dos pilares importantes na minha história.
   
        Como uma lagarta que entra no casulo e sai borboleta, vi todas as mutações desse carinha, do menino ingênuo e tímido ao atlético, popular e destemido, moço engraçado de humor singular.

         Mas, pra se dedicar um texto ao meu amigo é impossível não falar do seu amado e variado humor, bipolar ou monopolar, eis, que ele faz toda a diferença, nos causa medo de ligar, de procurar ou simplesmente rir pra ele, pois de repente uma telha voadora ele pode nos atirar. Mas se tiver a sorte pode-se morrer de rir com seu jeito irônico, e debochado de ser totalmente e sempre. Ele é assim mesmo.

         Quantas brigas, quantas raivas tivemos um com outro, uma vontade de matar... mas nada que um "dane-se", eu gosto dele não resolvesse. Nos tornamos cúmplices, acordamos de madrugada se nada para fazer no inverno ou no verão e assim partíamos para nossa "braulina" para ver os carros passarem e filosofar sobre a vida.

       Se cada caractere  que gastamos   nesses anos entre msn e bate papo do face fossem contados, acredito que chegaria a um número assustador, dividimos tudo pelas redes sociais, pelo telefone enfim pela vida...somos        
bests, somos irmão ou melhor dizendo "pai e filho".

       Agora após anos e anos ele cismou de ir morar longe, tentei convencer a não ir, mas não posso controlar as asas da borboletinha que cresceu e quer viver, me resta desejar e torcer que o sucesso e felicidade dele seja total onde quer que vá e esperar o retorno dele as nossos pontos de encontro com uma garrafa de coca-cola e uma meota de cachaça e o baralho de Uno separadinho a espera dele.. e com muitas confusões para acontecer sempre.

   Te amo David, meu melhor acaso de amizade.

domingo, 13 de maio de 2012

Quero voltar...


        Não dá para voltar no tempo e mudar aquilo que aconteceu, mas com toda certeza dá pra gente se lamentar e muito por ter saído do mundo que se tinha em busca de um que nada tem a ver conosco. Não é um texto de lamentação, mas sim de auto análise.

       Passei todos os anos da minha vida defendendo ideias de respeito mútuo, de afeto e carinho, mas esqueci do amor próprio, me permiti me misturar em lodos que não pertenciam ao meu nicho. A vida é assim, pagamos um preço alto por nos aventurar em terras desconhecidas e a tal coisa de que nada mais proveitoso de que viver novas experiências e mundos é um clichê falso e perigoso.
   
       Se temos, se somos, se queremos é porque construímos e quem  arquiteta tem que pensar em tudo da base ao telhado. Não dá pra achar que o imprevisto é mágico, porque com certeza não é!
  
        To vivendo na pele o ato dos meus desatinos, quis brincar de mocinho em terra de índios antropofágicos  e agora o que tenho ? A busca do caminho de voltar pra civilização, pra aqueles padrões que o pequeno burguês ignorante quis negar por acreditar no marxismo, tão arcaico e obsoleto.

        Agora cabe a mim frente a esse labirinto, buscar, procurar e vê se acho minha própria identidade perdida nesse pântano. Estou com medo, vontade de gritar e pedir o colo de mamãe. Mas como não será isso o remédio pra curar essa ferida aberta, devo encontrar a resposta de uma outra forma. Que de forma silenciosa eu retorne ao áureos tempos de "inrelatividade cultural". Que me perdoe os antropólogos e sociólogos.