terça-feira, 14 de julho de 2009

A Camisa Amarela

Por tempo a imagem de uma camisa amarela me assombrou, trazia a mim medo, insegurança e talvez a manutenção de sentimentos passionais. Agora de forma austera eu posso afirmar: Superei a camisa amarela... esquecer eu não esqueci, nem pretendo ela sempre vai ficar guardada em mim como a recordação necessária para não cometer os mesmos erros, não me sujeitar a submissão de um sentimento que de grandioso teve a capacidade de avassalar meus sonhos e de perturbar todas as estruturas pre-existentes em minha moral.

 Eu disse eu te amo algumas vezes e também ouvi, eu traí e também fui traído, mas eu me entreguei a camisa amarela não, fingiu. Cinco anos depois sou capaz de me lembrar da noite fria de 11 de julho onde nossos corpos se aproximaram... como se tivesse sido ontem, de lembrar do cheiro e de ouvir os sussurros no meu ouvido, rir alto das loucuras, a bicicleta (Cacilda) que esperava nas madrugadas do lado do meu portão, do Português péssimo, das roupas bregas e até o chulé.

Não isso não é uma declaração e sim um relato de um período onírico em minha mente, mas trágico no rumo da minha vida. Sabe, camisa amarela! Se te amei eu não sei, mas que você mudou a minha trajetória, me fez ser melhor no presente, apesar de não ter mais a inocência de acreditar no EU TE AMO de mais ninguém e procurar copos descartáveis, mas desejo a você que reencontre  as origens da época da camisa amarela e volte a ser feliz por ti mesmo e a ser um humano, retome seu espírito de justiça e de valores reais.  Eu deixei pra sempre o corpo que vestia a camisa amarela, mas ela nunca vai deixar o seu corpo é só enxergá-la dentro do limbo que é sua vida atual.

Descartabilidade...


Passamos a viver no mundo do descartável, onde uma gama de produtos são usados, em sempre como deviam ser, mas logo vão pro lixo. Dessa forma a sociedade capitalista captura em suas relações sociais o mesmo hábito de descartar, logo vemos isso como um grande problema... porém em uma análise mais detalhada atenderia-se a necessidade de eliminar algumas pessoas de nossas vidas, não em um ato de desumanidade, mas sim de proteção individual , hora eu já vivi ao lado de tantas pessoas que na atualidade seriam obsoletas. ao falar assim talvez eu transmita uma frieza, mas não é, e sim é por em prática, o capitalismo... usar e descartar, afinal quem gostaria de arrastar desde a infancia todos os amigos, os colegas da escola, os ex-relacionamentos, e outros, seria não dar espaço ao novo, descobrir novas visões , viver a diversidade social...sem contar nos casos onde pessoas que nos fazem mal, devem ser descartadas de imediato, da mesma forma que se joga fora uma lata de refrigerante vazia, mas só cabe a nós descartarmos, pois não teria sentido viver com ela, por tanto sofrer ao lado de alguém que nos prejudica é no mínimo imbecil. A partir de 15 de Abril de 2009 eu aprendi a fazer isso sem a menor culpa descarto pessoas, da mesma forma que dou o direito a elas me descartarem. Dentro dessa perspectiva eu me tornei bem mais feliz, então recomendo: descarte quem não lhe é necessário ou de alguma forma é prejudicial a sua vida.