domingo, 13 de maio de 2012

Quero voltar...


        Não dá para voltar no tempo e mudar aquilo que aconteceu, mas com toda certeza dá pra gente se lamentar e muito por ter saído do mundo que se tinha em busca de um que nada tem a ver conosco. Não é um texto de lamentação, mas sim de auto análise.

       Passei todos os anos da minha vida defendendo ideias de respeito mútuo, de afeto e carinho, mas esqueci do amor próprio, me permiti me misturar em lodos que não pertenciam ao meu nicho. A vida é assim, pagamos um preço alto por nos aventurar em terras desconhecidas e a tal coisa de que nada mais proveitoso de que viver novas experiências e mundos é um clichê falso e perigoso.
   
       Se temos, se somos, se queremos é porque construímos e quem  arquiteta tem que pensar em tudo da base ao telhado. Não dá pra achar que o imprevisto é mágico, porque com certeza não é!
  
        To vivendo na pele o ato dos meus desatinos, quis brincar de mocinho em terra de índios antropofágicos  e agora o que tenho ? A busca do caminho de voltar pra civilização, pra aqueles padrões que o pequeno burguês ignorante quis negar por acreditar no marxismo, tão arcaico e obsoleto.

        Agora cabe a mim frente a esse labirinto, buscar, procurar e vê se acho minha própria identidade perdida nesse pântano. Estou com medo, vontade de gritar e pedir o colo de mamãe. Mas como não será isso o remédio pra curar essa ferida aberta, devo encontrar a resposta de uma outra forma. Que de forma silenciosa eu retorne ao áureos tempos de "inrelatividade cultural". Que me perdoe os antropólogos e sociólogos.