sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Nostalgia Natalina


Queria escreve algo sobre o Natal, mas que não fosse nada deprimente ou nostálgico, porém acredito que seja impossível, afinal é nessa época que abrimos nossas defesas e abaixamos guarda pra emoção.

Quando criança passava o ano esperando os dias pra encontrar todo mundo, montar a árvore, ver meus primos juntos e fazer a "zona" na casa.
Meus pais com as surpresas para mim, normalmente um LP da Xuxa e uma quantia em dinheiro.

Mas o melhor do dia 25, nem eram os presentes, era sentir o quanto era bom estar junto em família, coisa que só percebo hoje, mas nada valeria mais do que ver papai e mamãe juntinhos, brigando, rindo e se acariciando..meu irmão correndo pela casa e minha vó gritando pra ele parar e toda aquela comida exagerada que daria pra alimentar uma multidão..

A noite do dia 24 pro dia 25 era ficar vidrado na tv e ver Xuxa chorando, sem saber o porquê, mas acreditar que era a coisa mais emocionante do mundo.

Eu possuía um Natal perfeito e nem sabia, hoje quando percebo que essa data é pra mim o dia da frustração por não ter meus pais juntos como antes, de cada um ter seguido seu rumo. Fico pensando o como momentos simplórios são capazes de mexer com nossa vida para todo sempre e fazer a diferença e nos deixar com uma saudade avassaladora de coisas que poderiam ser esquecidas facilmente.

Acho que o verdadeiro espírito natalino consiste na ocasião de fazer uma manifestação de amor, e nada mais representativo do amor do que a família reunida...

Saudades fortes da minha velha infância...Saudades do cheirinho de amor que sentia em tudo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Sexualidade nossa e a alheia...Pecado???




Quando falamos de sexo ou sexualidade utilizamos essas palavras como se tivessem o mesmo significado, mas, há diferença entre estes termos.
Sexo
• Condição orgânica que distingue o macho da fêmea nos organismos heterogaméticos.
• Sexo feminino e sexo masculino.
• Conjunto dos órgãos sexuais masculinos ou femininos e, de modo especial, os órgãos externos.
Sexualidade: Está diretamente ligada a atitude da pessoa nessa relação, o seu comportamento, desejos, fantasias… essas são manifestações da sexualidade.
O sexo nas civilizações da Antiguidade davam ao ato sexual de um momento sublime humano, passando pela necessidade natural do ser ou mesmo um ato casual e simplório .
Em contra partida as sociedades judaico-cristãs passaram adotar o caráter de proibido, pecado, de ofensa a Deus a prática sexual , que não segue os parâmetros traçados segundo aos ensinamentos religiosos.
“Passamos a ser filhos de Adão e Eva, expulsos do paraíso por desobedecer a Deus, carregamos o DNA do pecado mortal praticado por eles.”
Pensamentos sobre o sexo no Brasil nos séculos passados:
“Era preciso enfear o corpo para castigá-lo. Os vícios e as “fervenças da carne”, ou seja, o desejo erótico, tinham como alvo o que a Igreja considerava ser “barro, lodo e sangue imundo.” Onde tudo era feio porque pecado. Isso, porque a mulher- a velha amiga da serpente e do diabo- era considerada, nesses tempos como um veículo de perdição da saúde e da alma dos homens.”

As relações “fora do vaso natural” eram tidas como pecados graves “quaisquer tocamentos que levassem a ejaculação. Assim, perseguiam-se os “preparativos” ou preliminares ao ato sexual.


O sexo só era permitido com intuito a procriação.

As relações sexuais entre marido e mulher se davam com um lençol com um furo, onde o homem deveria introduzir seu pênis na vagina da mulher sem que houvesse contato entre os corpos, normalmente a mulher apenas levantava o vestido e o homem abaixava as calças.
Com todos os resquícios culturais que herdamos de anos do “sexo, palavra proibida.” Fica a certeza da dificuldade de tratar assuntos como:
DIVERSIDADE SEXUAL
DSTS e AIDS
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.
É preciso romper com as barreiras e acabar com os tabus que impedem as pessoas de viverem uma sexualidade plena.

sábado, 15 de outubro de 2011

Juramento



"Juro amar e educar as crianças a mim confiadas!". Foi com essas palavras que em 15 de dezembro de 1999 de forma solene iniciei o maior de meus sonhos e o maior comprometimento que já pude ter.

Sou professor com orgulho de ser. Gosto das minhas mãos sujas de giz, amo o roxo do papel hectográfico nas pontas dos dedos, mas é evidente que é preferível o computador e lousa branca...afinal o mundo evoluiu e nós também.

Hoje (literalmente, no dia 15 de outubro.) no meu dia, que deveria está feliz por ser o dia consagrado a nós, me sinto deprimido, triste e sem norte. Julgam-me como se fosse uma máquina perfeita que deveria calcular todos os acontecimentos, ter todas previsões e não errar...Amo intensamente o magistério, a gestão escolar, vivo por isso e para isso, e ver pessoas tratando o meu trabalho como qualquer coisa, vejo-me como prisoneiro jogado aos leões em uma arena com o público torcendo pela fera.

Estou sem dormir, com muita dor de cabeça, uma vontade de ficar na cama e com medo até da luz...Não preciso de auto e nem da piedade alheia, mas preciso como nunca de um colo, do afago e sobre tudo da compreensão.

Quando se erra por displicência creio que seja justo o julgamento voraz, mas quando se erra tentando acertar, em fazer o melhor e doando-se ao máximo, creio que seja inerente a benevolência e solidariedade do outro (s).

É muito triste perceber que muitos sentem-se felizes quando veem que algo deu errado, que o sucesso não aconteceu dessa vez como das outras.

Sou professor, gestor escolar e humano. É dolorido demais sentir "na carne" a lança agressiva de algozes que nos circundam...

Estou grato pelo apoio de tantos, sei que esse deveria prevalecer... mas o coração da gente é assim...

Um amigo meu sempre diz: "Não reclame de nada, porque você escolheu ser professor!" Pode até parecer demagógico, mas creio, que o magistério me escolheu.

Amo ser professor, me dedico em plenitude a essa função...

Como disse no dia da minha formatura, amo e defenderei cada um desses meninos e meninas a quem tenho por obrigação proteger.

Não saberia viver em outro mundo que não nesse.

Juro.

sábado, 24 de setembro de 2011

Parabéns ou Pêsames?




Quando penso que vou me acostumar em ter dezoito anos e ser maior de idade, me dou com a surpresa de está entrando na casa dos trinta anos e um desespero assustador tomar conta de mim. A sorte que existem outros como eu com quem compartilho dessa árdua tarefa em ser "Balzaquiano"... (as mulheres ainda possuem o adjetivo, a nós homens nem isso foi dado.)

Agora não temos mais a desculpa da juventude inconsequente, das ações protetoras da nossa mãe. É hora de crescer, ser maduro, ter estabilidade econômica e sentimental.

Mas, apesar de saber que existem todas essas exigências intrínsecas... nos deparamos com um EU totalmente inseguro, frágil e necessitado do cafuné da mamãe.

Os cabelos brancos e a queda dos pretos, a visão um pouco embasada pra longe, ainda insistem em lembrar que hoje já não podemos ser tão pretensiosos, como se a juventude fosse eterna. Pintar os cabelos, fazer academia, lutar contra a balança se tornam metas de vida, aliás mais do que isso, são torturas constantes.

Por falar em tortura, as pessoas que nos cercam nessa idade, sejam elas mais jovens ou mais velhas, tem o estranho gosto de nos fazer de cordeiro sacrificado, pois, nada lhes dão mais prazer que nos fisgar com comentários como tais: "seus cabelos estão se mudando?", "você está ganhando mais uns quilinhos!" Você é dessa época num é?" ...E riem sem controle, enquanto nós homens e mulheres de trinta somos devorados pelo deus Cronos.

Quando nos deparamos assistindo no youtube o Xou da Xuxa, o Balão Mágico, Trem da Alegria, He-man, Tander Cats etc...nota-se que estamos frente a achados arqueológicos e que nossa infância na verdade hoje é retratada como período pré-histórico...

Outro elemento de enorme maldade contra nós, pessoas "cronologicamente sensíveis", é o ato de questionar nossa a vida amorosa, as perguntinhas já velhas sobre: "Você não pensa em ter alguém?", "Em ter filhos?", " Já está com trinta anos!". Essa última é apunhalada final, o tiro de misericórdia!!!

Só existem duas certezas que nos podem deixar suavizados, é que todos passaram e passarão pela mesma epopeia, e que ao fechar os olhos passaremos pelas crises dos 40, 50, 60 e 70....Afinal são coisas da vida.

domingo, 18 de setembro de 2011

PALAVRAS



Desda 2ª série sou elogiado com aquilo que escrevo, era ótimo em redação, as professoras sempre teciam ótimos elogios, aos 14 anos inventei de ser escritor, comecei a minha proeza criando uma história de "Quatro Amigos e Um Destino", que narrava na verdade o que eu ansiava em viver.

E escrever sempre teve a função na minha vida, expressar o que sinto.

No meu desenvolvimento textual sempre tive altos e baixos em questões normativas da Língua Portuguesa, se a ortografia melhorou a pontuação permanece como calcanhar de Aquiles na minha produção.

O que procuro é mostrar de forma clara ou até em alguns casos de maneira subjetiva o que estou vivendo, o que penso e o que quero.

Há situações que ponho um certo tom de agressividade ou drama para quem saber conseguir seduzir o leitor ( na expectativa que haja um).

Sobre tudo que falo e registro no meu blog ou no site para qual escrevo, o Ponhint Hitz, fico me imaginando no lugar de quem lê se conseguiu nas palavras mal pontuadas alcançar o meu anseio, o meu desejo, que o leitor tenha entendido o meu sentimento ao falar sobre cada assunto abordado.

Lembro perfeitamente de uma prova de redação em que tirei nota máxima escrevendo sobre a morte da princesa Diana, e os elogios que a minha professora fez na época, aliás o nome da professora era Eliane Cruz, mestra que com algumas palavras me fez enxergar que eu era capaz de escrever, prova de que o incentivo faz a diferença, e nesse momento ela me ajudou a desenvolver algo que me dá uma alegria e me faz sentir potencialmente formador de opinião.

Quando pegamos algumas letras e a transformamos em um texto exercemos a função de maestro orquestrando sons, significados sobretudo sentimentos. A partir dessa ideia não dá pra escrever por obrigação, mas sim e somente por emoção, me desculpem os tecnicistas que são contrários ao que afirmei, mas não consigo registrar uma linha se quer sem me reconhecer nas palavras que escrevo.

Todo esse texto, toda essa prosa tem o objetivo de contar a você que perde seu tempo ao ler o que escrevo, saber o quanto eu me dedico ao juntar "as letrinhas", mesmo que haja erros de pontuação, grafia ou concordância.

Busco a inspiração, busco o melhor de mim pra tentar expressar o mais nobre que eu possa oferecer a todos ao tentar ser esse maestro.

domingo, 24 de julho de 2011

Nem Anjo e Nem Demônio, Apenas Amy Winehouse



Amy Winehouse morreu! Foi essa a frase que li no twitter ontem á tarde, quando a vi, pensei que era muito lamentável uma jovem perder a vida, uma cantora de talento silenciar-se enfim a morte era triste e ponto.

Mas em questão de minutos o Twitter e o Facebook estavam cheios de condenações, defesas e piadas, confesso que não me contive em postar algumas frases de humor negro sobre a morte dela, pois também acredito que nos momentos trágicos a solução é o humor. Porém, não é compreensível que o mundo se ache no direito de condenar a Amy como culpada e assassina de si mesma. Ela era humana como todos, cometia acertos e erros,não era uma santa ou papisa a quem tinha-se que cobrar exemplos, agora jogam sobre ela a responsabilidade da juventude se drogar seguindo seus exemplos, como se isso fosse possível, é a velha pática da sociedade permanecer jogando nos outros a culpa e a solução dos problemas que ela não consegue resolver.

Amy não deve ser lembrada pelas drogas, pelos escândalos e sim pela música e o talento.Não nos cabe martirizar ou inocentar, essa atribuição não é de ninguém. As atitudes dela podem no máximo servirem de reflexão sobre o que as drogas causam em uma vida cheia de potencial, de um alerta, mas nunca de uma condenação.

Ainda sobre o Twitter li um que realmente me deixou deprimido, a pessoa dizia que era bem feito ela ter morrido por ser uma drogada, a pena que eu tive não foi Winehouse e sim do autor da frase que demonstra como existem pessoas tolas e limitadas que se acham detentoras da verdade e supremos em sua sabedoria bitolada.

Provavelmente evangélicos e outros religiosos extremistas usaram a tragédia (chamada de anunciada) como sinal da falta de Deus e ações do demônio, mas a estes mortais de mente pequena a vida em sua sabedoria cíclica irá mostrar de uma forma mais próxima o que significa o ditado popular " o chicote do rabo é a língua."

Vou parando de escrever por aqui, mesmo tendo vontade de prosseguir, mas prefiro parar e ouvir Rehab.

Amy Winehouse vive em Rehab eternamente!

domingo, 3 de julho de 2011

Parada Gay, Onde Está o ORGULHO?



Tanta expectativa se faz em relação as paradas gays, tanto na mídia, nas ongs, entre o público gay e militantes da causa. Mas a cada uma que assisto pela tv e internet, me faço um questionamento pertinente: Onde foi parar o orgulho gay? Pois não consigo me orgulhar de pessoas que fazem sexo debaixo da bandeira do arco-íris, de fantasias em um período que não é carnavalesco, de personagens caricatos ao extremo da palavra, homens e mulheres nus em plena rua; dizendo estar defendendo o orgulho gay.

Orgulho de quem? Acredito que ninguém deu procuração pra um grupo de pessoas falar em nome de milhões de homossexuais, de forma agressiva e até imoral.

Estou muito longe do moralismo pregado pelas mentes arcaicas de nosso país, mas, não consigo aceitar a venda da imagem do gay como um ser mitológico, que veio ao mundo pra divertir os outros ou para chocar.

Entendo que existe uma extrema necessidade do gay se auto respeitar como cidadão, se impondo mais, isso não significa dizer "seguir paradigmas convencionais", mas sim embutir a credibilidade em suas ações e talvez dizer relação amistosa e de respeito mútuo aos outros.

Se o gay é engraçado, inteligente e obtém sucesso no que faz independe da suas preferências sexuais, isso é natural do ser humano e não homossexual, hétero ou bissexual.

Então não vejo o motivo pelo qual fazer carnavais fora de época e intitular isso como manifestação do ORGULHO GAY. Acredito que tem-se muito mais motivo para se envergonhar a se orgulhar dos acontecidos sob o lábaro das seis cores.

sábado, 11 de junho de 2011

Dia do Amor



Amor na Wikipédia:" A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação."

Ou seja amor pode ter várias definições, mas a que sobressai ao nosso pensamento é o que se relaciona de um indivíduo a outro, na forma mais carnal possível.

O fato é simples, por mais que alguns de nós negue, que tente fingir, todo ser humano busca outro, anseia pelo encontro da "metade da laranja". Poemas, livros, músicas, pinturas e filmes nos levam a acreditar que o amor é a força motriz de nossa existência.

Somos que amamos eu concluo, é do amor que doamos que nos faz ter atitudes e viver da forma que se vive. O amor é de fato a alma humana, só ele é capaz de mudar o curso de uma vida. E o que mais é preciso neste momento que se ame sem restrição nenhuma, pois o amor é feito pra ser intenso, se ele causa dor, sofrimento e outras "coisinhas" é que sua amplitude é extrema e não é permitido expandir sem agredir outras áreas.

O amor nos consome, e isso é bom demais. Se é onírico a vontade de se ter uma amor pra recordar, viver e sentir, isso é ótimo afinal amar é sonhar mesmo.

Talvez o único erro humano é tentar ter um amor como o outro tem, de seguir um mesmo padrão, e amor não tem paradigma ele é seu, então tem que se viver da forma que se quer e faz feliz. Amor é simples, a gente que complica.

Com essa noção de amor proponho a todos que substituam o dia dos namorados pelo DIA DO AMOR, pois se não se tem namorado(a), amor todo mundo tem e celebre seu amor.

Feliz dia do Amor A TODOS

domingo, 5 de junho de 2011

Em Nome de Deus...



Século XXI e a Idade Média, quanto tempo temos entre eles? Mais de seiscentos anos. Mas as práticas medievas permanecem em nosso mundo contemporâneo, pra quem acha que a venda das indulgências e relíquias foi extinta o vídeo acima demonstra que ela permanece bem real, com uma versão moderna encenada na TV, internet,mídia impressos e quase todos os templos.

Não ataquemos as religiões, pois a fé e o direito ao credo é algo constitucional e direito natural do cidadão, porém é inadmissível ver de forma explícita o escambo que se faz em nome de Deus, não entremos no mérito de discussão teológica do dízimo e suas propriedades bíblicas, mas falemos da comercialização da fé, do exagero e da exploração feita sobre pessoas que em desespero econômico ou até mesmo emocional buscam na na religião uma recompensa às mazelas da vida.

Como entender que pessoas que dizem falar e proclamar a palavra de Deus, obrigam de forma implícita os fiéis a fazerem permutas com a salvação, dar muitas vezes o dinheiro da luz, do aluguel, da alimentação ou até mesmo do remédio na promessa de receber as bençãos vindas do céu?

Se houver justificativa para essas ações gananciosas, devemos entender a venda das indulgências e relíquias na Idade Média como justificativas válidas, já que elas atendiam a necessidade da Igreja na época e se esta era a "voz de Deus" na terra, logo não se tem o que questionar. Mas foi esse o argumento que levou Martinho Lutero a se opor a Santa Fé, fundando uma nova corrente dentro do Cristianismo, em nome de se acabar com todo o comércio religioso, mas o que vemos ao longo da história é a permanência dos mesmos atos medievos, das mesmas atitudes mercenárias.

Não se pode generalizar em momento algum, é claro que existem sacerdotes católicos ou "evangélicos" que não se posicionam de uma outra forma, mas o que vemos é uma crescente "onda" de padres, pastores e segmentos religiosos com grande sede de faturar...E vende-se medalhinhas milagrosas, cruzes abençoadas pelo papa, pote com água do Rio Jordão e o pior existem igrejas donas de emissoras de TV, que não passam nada de programação religiosa, possuem jornais impressos para venderem suas ideias aienantes.

Voltando ao vídeo do Pastor Silas Malafaia, que é tido dentro das igrejas evangélicas como um nome de peso e bem conceituado, onde em seu anseio em arrecadar fundos propõe ao povo sofrido que doe 30% do dinheiro destinado ao aluguel para a igreja, acho que não é necessário dizer nada sobre esse fato, as imagens falam tudo. Mas o que causa repulsão é ver que este mesmo senhor vai pra TV falar em Deus e atirar palavras de ódio aos gays, a criar até mesmo situação de conflitos religiosos já que constantemente ataca a outras igrejas, criando um clima de guerra . É uma criatura que usa de um discurso alterado, com som de inquietador soldado de Deus, mas que aqui no vídeo parece muito mais um camelô convencendo que seu produto paragauaio é de boa qualidade.

É bom que fique claro que não tenho religião, porém sou cidadão e não posso deixar de falar as barbaridades que vejo, e espero que mais pessoas sintam o que eu senti ao ver o vídeo que é uma sensação de vômito e de gritar que não termina.

Que Deus tenha piedade dos mercenários! Mas que nós não tenhamos nenhuma.

sábado, 7 de maio de 2011

Minha estrela Dalva



Não há nada que a ciência, religião ou senso comum consiga explicar como é a magia do amor de mãe. Como um ser humano pode ser capaz de sofrer e dar sua vida por outro na forma mais irracional possível? Mas mãe não é questionamento de nada e sim certeza de tudo.

Na última semana passei por uma das experiências piores que se pode ter, o medo de perder meu anjo protetor. Posso garantir a todos que só ver a minha rainha numa maca sangrando é como como se um algoz tivesse arrancado meu coração com a própria mão, é uma dor indescritível. Mas com todo drama, com toda dor, minha mãe achou força para preocupar-se com meu irmão e comigo, tentando nos acalmar, e até escondendo a dor para não nos deixar nervosos.

Quando Cazuza dizia que "Só as mães são felizes", creio que ele referia-se a esse amor sublime que elas sentem que as tornam auto-produtoras de sua própria felicidade em ver o filho feliz.  O  maior presente que pode se dar a uma mãe é ver a sua cria bem. E se analisarmos e pensar é de enlouquecer, porque é de difícil aceitação, ver que um ser é capaz de sentir-se pleno e realizado só em saber que outro também está. É um amor único, inexplicável e que deveria fertilizar o mundo, e teríamos na Terra a personificação do paraíso prometido.

O engraçado que sempre temos ídolos, e eu como todos sempre os tive, porém desde pequeno nada no mundo me orgulhou mais que minha mãe, nunca houve um cheiro melhor que o dela, nem um toque na minha pele que me deixasse tão confiante e mesmo que os anos passem (e como tem passado), quem me conhece sabe da paixão que sinto pela minha estrela Dalva, claro que nunca fui exemplo de filho, mas posso assegurar a todos que fã perfeito e seguidor fiel dela, eu sou.

Mãe é realmente o vocábulo mais forte que qualquer língua pode pronunciar, ele sinônimo de tudo que há de bom, afinal só mãe tem o direito de errar, pois mesmo quando erram e exageram elas estão praticando amor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

TRAGÉDIAS E ATITUDES!


Ao colocar a palavra tragédia no site de pesquisa nos deparamos com um resultado que vai além das imagens, da mesma forma que múltiplas fotos de situações trágicas aparecem, juntos com estas vem o arquivo emocional de cada um, nós pobres seres sentimentais nos habituamos a ficar aterrorizados frente a dor alheia, porém como um toque de mágica apagamos da memória.

Só no ano de 2011, tivemos o drama da Região Serrana do RJ, o tsunami no Japão, e nesta última semana o horror na escola do Realengo na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de ser de ordens causadoras diferentes, a reação que temos é a mesma: nos colocamos no lugar das vítimas, choramos, não tiramos a tristeza do semblante e ficamos nos perguntando o porquê de tanto sofrimento. E nessa mesma dimensão logo excluímos uma tragédia pela outra.

A grande questão é o esquecimento que se faz de forma coletiva e que acaba por não cobrar das autoridades providências para que novas catástrofes não ocorram, nem de um auxílio ou ajuda humanitária após o fim da vinculação dos fatos na mídia. E deixamos reservados toda essa dor nos "arquivos mortos" da nossa mente.

Não estou aqui dizendo que deveríamos prolongar a dor, porém, já mais esquecer e usar os grandes incidentes como exemplos para que não ocorresse novamente, pois ataques de maníacos ou catástrofes da natureza nem sempre podem ser previstos,mas podem ser evitados ou no mínimo amenizados desde que se tenha uma estrutura pra isso.

É preciso agir mais, buscar forças para que não continuemos nos acostumando com tragédias e nem com a sobreposição de uma por outra.

quarta-feira, 30 de março de 2011

BBB, CULTURA, INTELECTUALIDADE E MAIS UMAS COISAS.


Final de Big Brother é como final de Copa do Mundo, não na dimensão do evento, mas no disse me disse que toma conta de todas as discussões em qualquer lugar. Esse frisson televisivo já se tornou parte do cotidiano, porém o que acho curioso e que merece um olhar amplo é o ataque e a defesa ao tipo de posicionamento cultural que cada individuo faz sobre o programa. Ao meu ver existem três típicos expectadores, os que assistem assumidadamente- fãs, os "intelectualizados"- fãs enrustidos ( negam assistir e criticam) e os eventuais- fãs em cima do muro ( Dizem assistir uma vez ou lá outra).

Essa variação de telespectadores são na verdade o grande reflexo de nossa sociedade hipócrita que tem mania de negar fazer o que faz, ou seja todo mundo assiste o BBB, obviamente que existe coisa melhor pra fazer do que ficar vendo o que os outros fazem pra ganhar 1milhão e meio de Reais, porém a curiosidade e a forma mais simples de poder observar e julgar os participantes como se fôssemos Deus no juízo final, gera essa vontade de "espiar" o que resulta na grande audiência do programa mesmo que ela tenha diminuído nas ultimas edições.

O reality show em questão retomou uma velha briga que no passado era das novelas, a antiga disputa pela intelectualidade soberana, isto é, quem é "dono de conhecimento", não pode em hipótese alguma ser participativo no onda de BBB, e sim como dever de qualquer sábio é desconjurar, criticar e ridicularizar a atração e seus telespectadores. A partir dessa determinação dogmática as pessoas se auto dividem em cultas ou não pela prática de ver Big Brother Brasil ou não. Pra muitos só tocar no nome da atração já é algo abominável, mas duvido se em casa, numa hora sozinho se não dá uma espiadinha.

Não sou defensor do programa nem fã, confesso sem vergonha alguma, que espio algumas vezes, mas o que me intriga de verdade é essa mania das pessoas de julgarem tudo e de criar rótulos em determinar o que é bom ou ruim, como se a população não tive direito e capacidade de fazer o que da prazer, que seja algo fantasioso ou imbecil, o livre arbítrio, o direito de ir e vir do cidadão, garante isso a nossa sociedade, o que condena e impede das pessoas serem felizes é a maldita hipocrisia, aqui nesse post narrada e discutida a partir de um análise de um programa de televisão, mas que poderia ser feita em qualquer situação que envolva hábitos culturais embasados em estigmas e rótulos medíocres e limitados.

Também acredito que hajam programas melhores que novelas, Reality Show e afins, ou mesmo que a própria TV, mas o que não pode ocorrer é essa rotulação de apropriado ou não, tirando a questão da faixa etária, todos são livres para ver o que bem entenderem sem receberem estigmas de imbecis, massa de manobra, manipulados pela tv Globo, etc que as pessoas costumam dar.

Viva a espiadinha do Pedro Bial e viva a liberdade de asssitir o que se quer, de ser inteligente, intelectual, sábio, burro, anta e outros porque no final das contas o que importa mesmo é o que cada pessoa é pra si própria. E viva uma vida sem rotualações por fim.

sábado, 12 de março de 2011

CATIVAR


" Cativar é amar, é também respeitar..." Eu cantava essa musiquinha em meus tempos de criança, anos depois me tornei fã do desenho animado do Pequeno Príncipe, e desde então o verbo cativar me ronda. Hoje nessas quase três décadas de vida me sinto ainda como o personagem, em busca de entender a significativa da palavra.


Se somos responsáveis por tudo que cativamos, nos voltamos a teoria do espelho, conceito antropológico simples que consiste em se por no lugar do outro e tentar ver a situação a partir da linha de pensamento alheio.

Conceitos simples, mas que na prática se torna um grande desafio, buscar a compreensão das atitudes do outro em nós mesmos, nos pondo num lugar que nem sempre nos é confortável.
Sem mais tentativas conceituais ou filosóficas, cativar é amar, amor simples e puro, é cuidar, zelar, orientar e aturar aquele que se quer bem, seja na alegria ou na tristeza, isso é obrigação que cabe ao "cativante", que formou um laço fraternal e um dia fez uma promessa de amizade eterna, não verbal na maioria das vezes, mas com o sorriso, com o olhar. Aquela velha coisa de amigo que sabe o que o outro pensa com uma mísera expressão facial.

Temos que correr contra tudo que nos impede de ser amável, CATIVAR é função e dever de quem se deseja bem. Precisamos nos cativar muito mais.

domingo, 6 de março de 2011

A DIFÍCIL ARTE DE PEDIR DESCULPAS



A pessoa ofende,trata mal, tira conclusões precipitadas e ainda fica com dificuldades para dizer um simples "desculpa"? Muitas chegam achar que não é necessário se desculpar, que agir como se nada houvesse acontecido é a mesma coisa do que uma retratação. A sociedade anda se acostumando com o ato de abolir a obrigação de se desculpar, não apenas no cotidiano, bem como nos veículos de comunicação, é só observar, as retratações públicas em jornais e revistas mal são perceptíveis, na televisão passam a imagem de grande incômodo a quem está se retratando, como se o crime cometido fosse a correção do fato e não o erro.

Essa tendência de usurpar das relações sociais a retificação das atitudes erradas, só aumentam as tensões e disparidades entre os grupos sociais. As "três palavrinhas mágicas", que aprendemos na salinha da Educação Infantil, com licença, obrigado e por favor, necessitam do acréscimo desesperador da "palavrona" DESCULPA, nossas crianças têm que aprender desde cedo a retroceder em seus erros, para que se tornem adultos melhores que nós, que estamos desaprendendo uma prática simplória, mas tão necessária.

Nós não podemos nos acostumar com essa forma mecânica de agir como se o outro não nos fosse necessário, e que ele tem a obrigação de entender o nosso erro e que cabe a ele permanecer ao nosso lado ou não. É nosso dever se desculpar e restabelecer a cordialidade quando fomos os causadores da ruptura na relação, seja profissional ou pessoal.

Provavelmente o mundo seria bem melhor pra se viver se todos dissessem desculpas de forma sincera após cometer seus desatinos.

Eu que já disse,me sentir parte do século XIX, admiro tanto o ato de se mandar flores, ligações ou simples aperto de mão e uma expressão de arrependimento, ou o singelo som de: "Desculpa, eu errei." Me desculpem por qualquer coisa dita e não dita nesse post.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Displicente Necessário



Como estou em uma fase de escrever biografias, vou dar continuidade e falar um pouco sobre uma criatura chamada Jefferson Campos (Vulgo Dim Campos), foto acima já mostra um pouco da capacidade teatral, pois, Jefferson é dono de uma personalidade excêntrica, mas que fique claro que irei me deter nesse post a minha visão sobre o mesmo, como eu entendo e me relaciono, para que dessa forma não crie uma perspectiva generalizada, e sim bem específica da nossa convivência. Amo e odeio esse amigo com todas minhas forças, ele me traz os melhores e os piores sentimentos, me faz rir e chorar. O motivo disso? A inconstância de seu comportamento, um dia é amável e atencioso, no outro disperso e arrogante. Muitas vezes me questiono o porquê de permanecer amigo de uma pessoa assim, e a resposta vem de uma forma simples,este cara é lindo,possui uma beleza rara e delicada, tanto externa como internamente, porém numa disfunção congênita do seu eu e dentro das imperfeições legadas aos mortais ele age por impulso, leva a vida como se tivesse numa montanha russa, onde grita, pula, chora e aterroriza a cada movimento, não mede, não arquiteta as consequências,deixa que os trilhos o conduzam. Concomitantemente à essa zona de conflito comportamental, esse garoto me faz rir demasiadamente a todo instante, seja por sua "lerdeza" ou seja por naturalidade frente a situações vexatórias, Com "jeff" já fui parar em uma caverna habitada por gnomos, e acreditem eu não saí do quarto pra isso, mas presenciei essa loucura nos "olhos de fogo" que miravam a minha luminária, e toda essa alucinação meio ao caos de minh'alma e a volúpia pertinente. Dim é insalubre ao meu psicológico, porém como se fosse uma nicotina me causa extrema dependência preciso ver o seu sorriso, ouvir suas músicas bregas, rir de suas tolices, sentir o cheiro exagerado de perfume, do abraço sincero e do aperto de mão forte que significa estou contigo pro que der e vier. Concretamente ele não é perfeito, passa longe disso, mas é melhor pessoa que posso recomendar pra ser o melhor amigo de alguém.

Texto ao meu querido displicente amigo Dim.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PELA LUZ DOS OLHOS TEUS


O acaso existe? Essa pergunta me faço a cada dia, as vezes tenho certeza que sim e em outras não, porém não há como atribuir esse nome a oportunidade de ter conhecido uma pessoa como meu amigo LUKAS RANFER. Não tenho a mínima intenção de aqui traçar o perfil dele ou de criar um texto poético, mas sim registrar a minha admiração ímpar por esse cara, figura de uma personalidade sem-igual. Por diversas vezes fiquei pensando o que faz do "tal do Ranfer" esse ser mágico. Seria a capacidade de unir o trivial com a essência máxima da alma? Ou será a beleza com uma mistura de excentricidade? Ah!!! Impossível decifrar, talvez seja mais enigmático que a Esfinge...Mas posso narrar uma plenitude do ser humano que vejo através dos lindos olhos que Tia Norma fabricou: Lukas é VIDA no sentido mais amplo que a palavra pode ter, a sua sede de descobrir, de buscar, de estar sempre insaciável com tudo, a angústia que nos passa frente as mínimas 24 horas que o dia possui, o querer saber sobre tudo e ao mesmo tempo não querer conhecer nada, em uma constante face paradoxal. Sentar ao lado dele em uma mesa de bar é viajar pelo mundo, aliás, por inúmeros mundos, dessa forma surgem assuntos sobre a caracterização do Barroco Mineiro a roupa que a Xuxa usou no comercial de tv. Quem não se envolve com uma figura assim? Como não idolatrar e acabar se submetendo aos caprichos desse pequeno errante brilhante? Por isso todos e todas se apaixonam, alguns odeiam, mas a maioria ama e a unanimidade admira, sem ser burra. Lukas Ranfer é sempre um assunto polêmico, causa sensações e visões divergentes, ele é assim e ponto final, meu ídolo.

Ao amigo mais ausente, porém presente em toda capacidade de ser paradoxo que ele possui.