sábado, 24 de setembro de 2011

Parabéns ou Pêsames?




Quando penso que vou me acostumar em ter dezoito anos e ser maior de idade, me dou com a surpresa de está entrando na casa dos trinta anos e um desespero assustador tomar conta de mim. A sorte que existem outros como eu com quem compartilho dessa árdua tarefa em ser "Balzaquiano"... (as mulheres ainda possuem o adjetivo, a nós homens nem isso foi dado.)

Agora não temos mais a desculpa da juventude inconsequente, das ações protetoras da nossa mãe. É hora de crescer, ser maduro, ter estabilidade econômica e sentimental.

Mas, apesar de saber que existem todas essas exigências intrínsecas... nos deparamos com um EU totalmente inseguro, frágil e necessitado do cafuné da mamãe.

Os cabelos brancos e a queda dos pretos, a visão um pouco embasada pra longe, ainda insistem em lembrar que hoje já não podemos ser tão pretensiosos, como se a juventude fosse eterna. Pintar os cabelos, fazer academia, lutar contra a balança se tornam metas de vida, aliás mais do que isso, são torturas constantes.

Por falar em tortura, as pessoas que nos cercam nessa idade, sejam elas mais jovens ou mais velhas, tem o estranho gosto de nos fazer de cordeiro sacrificado, pois, nada lhes dão mais prazer que nos fisgar com comentários como tais: "seus cabelos estão se mudando?", "você está ganhando mais uns quilinhos!" Você é dessa época num é?" ...E riem sem controle, enquanto nós homens e mulheres de trinta somos devorados pelo deus Cronos.

Quando nos deparamos assistindo no youtube o Xou da Xuxa, o Balão Mágico, Trem da Alegria, He-man, Tander Cats etc...nota-se que estamos frente a achados arqueológicos e que nossa infância na verdade hoje é retratada como período pré-histórico...

Outro elemento de enorme maldade contra nós, pessoas "cronologicamente sensíveis", é o ato de questionar nossa a vida amorosa, as perguntinhas já velhas sobre: "Você não pensa em ter alguém?", "Em ter filhos?", " Já está com trinta anos!". Essa última é apunhalada final, o tiro de misericórdia!!!

Só existem duas certezas que nos podem deixar suavizados, é que todos passaram e passarão pela mesma epopeia, e que ao fechar os olhos passaremos pelas crises dos 40, 50, 60 e 70....Afinal são coisas da vida.

domingo, 18 de setembro de 2011

PALAVRAS



Desda 2ª série sou elogiado com aquilo que escrevo, era ótimo em redação, as professoras sempre teciam ótimos elogios, aos 14 anos inventei de ser escritor, comecei a minha proeza criando uma história de "Quatro Amigos e Um Destino", que narrava na verdade o que eu ansiava em viver.

E escrever sempre teve a função na minha vida, expressar o que sinto.

No meu desenvolvimento textual sempre tive altos e baixos em questões normativas da Língua Portuguesa, se a ortografia melhorou a pontuação permanece como calcanhar de Aquiles na minha produção.

O que procuro é mostrar de forma clara ou até em alguns casos de maneira subjetiva o que estou vivendo, o que penso e o que quero.

Há situações que ponho um certo tom de agressividade ou drama para quem saber conseguir seduzir o leitor ( na expectativa que haja um).

Sobre tudo que falo e registro no meu blog ou no site para qual escrevo, o Ponhint Hitz, fico me imaginando no lugar de quem lê se conseguiu nas palavras mal pontuadas alcançar o meu anseio, o meu desejo, que o leitor tenha entendido o meu sentimento ao falar sobre cada assunto abordado.

Lembro perfeitamente de uma prova de redação em que tirei nota máxima escrevendo sobre a morte da princesa Diana, e os elogios que a minha professora fez na época, aliás o nome da professora era Eliane Cruz, mestra que com algumas palavras me fez enxergar que eu era capaz de escrever, prova de que o incentivo faz a diferença, e nesse momento ela me ajudou a desenvolver algo que me dá uma alegria e me faz sentir potencialmente formador de opinião.

Quando pegamos algumas letras e a transformamos em um texto exercemos a função de maestro orquestrando sons, significados sobretudo sentimentos. A partir dessa ideia não dá pra escrever por obrigação, mas sim e somente por emoção, me desculpem os tecnicistas que são contrários ao que afirmei, mas não consigo registrar uma linha se quer sem me reconhecer nas palavras que escrevo.

Todo esse texto, toda essa prosa tem o objetivo de contar a você que perde seu tempo ao ler o que escrevo, saber o quanto eu me dedico ao juntar "as letrinhas", mesmo que haja erros de pontuação, grafia ou concordância.

Busco a inspiração, busco o melhor de mim pra tentar expressar o mais nobre que eu possa oferecer a todos ao tentar ser esse maestro.