quarta-feira, 25 de julho de 2012

O QUE VI DA VIDA.


    Talvez o verbo correto seria senti, porque viver ultrapassa o ver, só vivemos de verdade quando sentimos, então nessas três décadas de vida eu senti um miscelânea de sentimentos  incríveis, vivenciei  como ninguém o amor, nas suas vertentes fraternais, carnais, e no mais belo que pra mim é o amor materno.

     Vi (senti) por inúmeras vezes a traição daqueles que jurava serem fiéis, mas também fui traidor por algumas vezes, e aprendi a não transformar isso em uma cruz ou uma bagagem a ser carregada...deixei as traições pelo caminho para que fossem cicatrizadas e que se transformassem em meras lembranças circunstanciais.

       Presenciei atos sobre-humanos de estranhos ( sem laços consanguíneos) que por sentirem algo sem explicação por mim, sofreram e choraram junto comigo. E talvez essa seja uma das sensações mais  curiosas: ver que um outro ser sofreu em me ver mal e que comemorou comigo a  superação. Essa é uma visão que acredito ser rara, poucas são as pessoas que possuem essa capacidade. Mas encontrei algumas assim.

      Eu tive a sorte de ter nascido em uma família altamente passional que me nutriu com o amor excessivo sem medida certa, sem querer ser politicamente correto que apenas senti e ama. Então a partir disso levei todos os anos, cada situação que vivi para um conto épico e sem ter a menor culpa de ter amado demais.

    Acredito que o bom da vida é ter aquela sensação de liberdade, não a pregada pela Constituição, mas a liberdade natural do ser humano. E senti essa liberdade ao subir um morro alto pra correr sem destino, ao entrar num pomar perdido em uma estrada e roubar laranjas, mas sobretudo em sentir sem culpa todos os sentimentos da vida sem ter vergonha da inveja, amizade, avareza, ciúme, paixão etc...mas assumindo os bons e ruins como minhas propriedades.

   Não me sinto um herói mas, tão pouco também, me acho  longe de ser um bandido... se eu tivesse que me  representar em uma palavra eu utilizaria autenticidade, porque ao menos foi para isso que fui "treinado" pelo meu próprio ego  em viver na  busca de  atos exclusivos que pudessem realmente dizer quem sou eu.
 
    Só roubando a frase de uma música de Ana Carolina que diz

"Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar..."   Vi muita coisa na vida, senti inúmeras emoções e faria tudo de novo  sem nenhuma alteração .