sábado, 16 de janeiro de 2010

Sonhos, inocência perdida...


Ah!!! Fiz uma regressão hoje ao meus antigos sonhos, a minha inocência perdida. Na minha infância, acredito eu que fui capaz de ter uma imaginação além de qualquer criança, já que eu vivia sozinho, isolado em um sítio, a minha unica saída era sonhar... dos seis anos aos dez , meus sonhos baseavam-se no mundo das fantasias, onde eu me sentia um ser especial, com poderes mágicos e acreditem, eu tinha certeza que possuía, a partir dos dez me tornei mais materialista e meu mundo onírico passou ser embasado no desejo do consumo, passei a querer desesperadamente uma casa no alto de uma montanha com uma cachoeira no jardim. Mas aos 18 minha meta já estava voltado para o lado profissional, e até mesmo sacerdotal, já que foi aos 19 anos que me aventurei na vida eclesiástica, após esse período, passei a focar na realização do sonho da minha faculdade de História que concomitantemente, foi nesse intervalo de tempo que passei a sobrepor a tudo e a todos os outros sonhos, o desejo de amar. Ah! E o amor (paixão) me consumiu e se transformou em meu epicentro, detentor máximo de toda minha capacidade de promover a criação de sonhos. E o que descobri que o amor é um sonho as vezes realizados ou outras vezes simplesmente irrealizáveis , depois de tanta coisa vivida, acho que perdi a crença na realização do chamado amor eterno...por mais que avassale minha alma, não consigo crer que exista (em minha vida) a chance de realizar o sonho de um amor para vida toda. Muita saudade dos tempos que sonhar era apenas sonhar e não argumentos questionados pelo meu próprio eu.