terça-feira, 1 de junho de 2010

No lugar do orgulho, o medo... Sou professor!




Lembro até hoje o trecho do juramento que eu fiz quando conclui o meu curso Normal, " Amar e proteger as crianças a mim confiadas", mas não indaguei de ninguém quem iria me proteger, quem iria me dar condições de exercer com soberania o meu ofício, E o preço que pago atualmente é o medo, como ensinar, como exercer a minha profissão, a meio insultos, ameças, pressões psicológicas. Esse é o cenário que circunda a vida dos professores atualmente, somos reféns, tratados como meliantes, coagidos e sem prestígio. Evidente que toda a regra tem exceção, mas nos últimos tempos nos a regra em geral é insultar e desvalorizar o professor, o respeito e carinho se tornaram raridades, vivemos em um contexto de violência e abandono, não há ninguém por nós. o reconhecimento de que existem profissionais da educação que não merecem admiração alguma, por serem impostores, é algo claro e evidente que não se pode negar, entretanto nada justifica a execração pública que temos passado, se ganhamos diretos trabalhistas, perdemos os humanos, a sala de aula virou habitat natural do caos, todos culpam o professor, mas ninguém reconhece sua importância e seu valor como agente crucial no desenvolvimento da sociedade.Sepultam o magistério em meio de termos didáticos, anulando a função natural de um professor que é ensinar, é como se nossas mãos estivessem atadas, apesar de portarem o giz, ou seja temos o instrumento para lecionar, mas nos ipedem, seja a família, seja o sistema, a verdade que ser professor resume-se na atualidade em busca de direitos pela insalubridade. Somos culpados por tudo, porém tratados como nada.