quarta-feira, 31 de março de 2010

Síndrome de Peter Pan





MEDO... talvez seja a palavra que melhor represente meu estágio de vida. Como temo enfrentar a realidade, as coisas que a responsabilidade de ser adulto nos obriga a ter, minha infância e adolescência foram tão curtas que creio ter resolvido estende-las até o dia de hoje, me portando como Peter Pan,que na Terra do Nunca, vive a eterna maravilha de ser criança. Só que no lugar de um conto de fadas vivo essa história como uma síndrome, responsável por momentos paradoxais, que me trazem coisas boas e ruins ao mesmo tempo, ainda tenho a capacidade de entender quais são os anseios das crianças, porém sou incapaz de resolver problemas simples do mundo dos adultos,por vezes penso em correr pra debaixo da cama, ou gritar minha mãe pedir que ela resolva a questão pra mim, me colocando como um menino tolo e inseguro. Padeço de dependência onírica, se não faz parte do que sonhei não consigo dar crédito. Ainda me sinto egocêntrico ao extremo, sensível as coisas simples da vida, que toda pessoa com mais de vinte anos passam, só que em mim atos simplórios se tornam pesos insuportaveis. Ser criança depois dos 25 anos é algo bem complexo, as pessoas não entendem, julgam e te condenam, chegam a por meu caráter em voga, não sabem que dentro de mim há uma guerra civil me consumindo, a vontade de ser gente grande é muita porém, os laços infantis me prendem aos hábitos da inconseqüência. Talvez isso tudo seja um caso pra Psicologia, mas no meu interior a síndrome de Peter Pan é algo avassalador, que não encaro como algo poético nem mesmo ocasional.