sábado, 28 de agosto de 2010

Carta à Rita Maria Abreu Maia





Prezada Rita:

Venho através desta agradecer a você, por ter me dado a chance de estar em sua companhia durante os dois dias de curso, nessas belas horas, recebi de ti uma lição de vida, não aquelas que são clichês de livros de auto-ajuda, mas uma exemplo real do que é determinismo e força. Acredito que outra pessoa em seu lugar me causaria um sentimento de dó, no entanto pena seria a última coisa que poderia se ter de uma guerreira, que apesar de toda finesse, usa uma forma simples para declamar a Língua Portuguesa, Rita Maria não fala, e sim declama, pois, cada palavra tem poesia em vossa voz, e o seu olhar define tudo em uma velocidade superior a da luz, aliás não conheço alguém com um brilho tão intenso nos olhos.

Uma cidade comovida com uma campanha de medula óssea, mas ao mesmo tempo encantada como se tivesse descoberto uma nova espécie da Laélia Fidelense, nossa orquídea rara, aqui estamos frente de um novo exemplar único de mulher, que mesmo guerreando com o câncer, encontra tempo pra ser generosa, não por gratidão, mas sim pelos valores intrínsecos da alma que entende a superioridade do ser em seus diversos âmbitos. Nos últimos tempos venho vivendo decepções que me trazem a sensação de que não vale a pena viver, mas a ilustre mestra me mostrou ainda a existência de pessoas que merecem ser chamadas de humanas.

 Muitos podem te denominar como exemplo de mãe, coisa inegável, mas vou além disso, pois a forma de lutar pelo seu filho, não lhe faz egoísta como a maioria dos seres, nesse caso entendemos a necessidade, porém Rita não faz drama, não usa de chantagem emocional, e sim nos traz a oportunidade de sermos melhores, D_O_A_R não apenas uma medula, mas doar-se como homem/mulher não a causa de seu filho, mas sim a vida de forma intensa e verdadeira.

domingo, 22 de agosto de 2010

Faz sentido?



Sem palavras de conforto, sem pregações bíblicas por gentileza, mas me responda com sinceridade, existe sentido na vida? Há justificativa pra permanecer lutando contra tudo e todos, se no final das contas toda a cultura, todo o conhecimento, toda a arte vira apenas cinzas e adubo, quem pode me convencer que navegar é preciso, se a cada porto que eu desço o desespero e a dor são os mesmos, se o que finda sempre é a lágrima de dolorosa, a desilusão prevalece. Falsidade, inveja, o ato de tirar o que é seu é comum e justificado pelo desejo e vontade. Aqui estou eu mais uma vez lamentando pelo previsível, aquilo que eu sabia e tinha certeza que iria acontecer...Espero que dessa vez eu termine o que sempre começo e paro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

E QUANDO ESTÁ ESCURO E NINGUÉM TE OUVE....















Só!

domingo, 1 de agosto de 2010

"Auto-raiva"



Acredito que talvez tenho sido enviado a esse planeta pra captar todos os desaforos, toda a grosseria e por não dizer coices, tenho vocação para passar situações, onde por mais raiva que eu tenha, prefiro engolir, a responder e parecer rude, posso até ter sofrido um bombardeio de insultos por outrem. Não adianta ouvir elogios dizendo que isso é uma postura de quem é ducado porque pra mim é uma atitude imbecil, retardada e patética. Como desejo ser essas tais pessoas que dizem não levar desaforo pra casa, armar o barraco, gritar, chutar, mas se sentir livre e leve, eu não,contrário disso, permaneço na educação de "bom moço" mas por dentro um vulcão prestes a entrar em erupção, mas que se cala sempre e o pior quando em uma dada ocasião por milagre de minh'alma despertar e liberar palavras não tão lindas da Última Flor do Lácio, passo dias sem dormir e vou atrás da vítima (porque nesse momento passo me julgar o réu) e peço desculpas tentando explicar que não tive a intenção de incomodar e se retruquei foi num momento péssimo que a a pobre pessoa teve razão para agir assim e não a compreendi. Declaro que invejo a "Tati quebra barraco", do povo do DNA no Ratinho e tantos outros ícones que não devem padecer de auto-raiva como eu.